quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Elas



Marina tranca a faculdade e muda de cidade por amor e planos. Diz que o importante é ser feliz, ao lado de quem ama.

Julieta, após passar por uma e outra decepção, encontrar alguém que não parecia ser o homem dos seus sonhos, mas gostava o bastante para estar com ele no momento.

Cléia nas nuvens, por namor o melhor amigo, e perceber que ele a faz cada dia mais feliz.

Laura retoma o namoro com o ex-namorado. Embora no momento, a paixão que sinta não é por ele, mas gosta o suficiente para tentar.

Jamile? Louca! Amante de um dos caras mais loucos que conhece. Sente-se cada vez mais amando e amada, e se arrisca em projetos longos, na certeza do bom êxito dele. 


O que as quatro primeira têm em comum é conhecer a última. E esta conversava com as demais sobre seus anseios, planos, altos e baixos com seu amante, mas sentia que algo não estava no viés que deveria. Como uma onda no mar, ou melhor, um tsunami, cerca de 02 semanas todas elas tinham algo em comum:


Marina, retornou à sua cidade natal. Afirma que felicidade não tem endereço. Por mágoas do amor, abriu mãos dos planos. Voltou.

Julieta não estava se sentindo bem, se sentia cobrada demais, muito cercada pelo amadinho e simplesmente resolveu que queria respirar. Inspirou.

Cléia percebe que o até então, homem dos seus sonhos, só a vê como amiga. Havia ficado diferente por isso, mas quer muito o bem dela. Porém, como namorada, já não dá. Quer continuar uma amizade.

Laura termina com o cara que é apaixonadíssimo por ela, por saber que não corresponde as expectativas dele, que se doa demais, enquanto ela nem falta dele sente. Talvez porque ele não deixe.

Jamile percebeu que nada é certeza. Quis por uma vírgula para seguir de maneira tranquila, sem exigências, mais realidade que expectativa, e seu barco naufragou... Jogou a âncora no momento certo?


O tsunami passou... 

Marina, diz que apesar dos últimos tumultos, o amor é forte o suficiente para fazê-la tentar mais uma vez, apesar dos riscos. Arruma as malas novamente, e resolve alçar voo. Dessa vez consciente de que se o amor não der certo, os planos "extra-amorísticos" prosseguem.

Julieta de bem com a vida, linda, jovem, voltada para outras atividades e de coração aberto para conhecer novas pessoas. Inspirando cada vez mais.

Cléia não toca mais no assunto. No fundo, magoada. Tenta ignorar a dor, mas não consegue seguir. Quem a conhece, sabe o quanto ela ainda ama o tal amigo. E que talvez ela tenha exagerado na doação de si, e no romantismo em que contava algumas anedotas.

Laura, confusa. Em em meio a tensões nos estudos, crises com alguns amigos e felizes pela conquista de outros, percebe que o ex-ex faz falta, mas não o bastante para voltar. Na verdade, sente falta de uma figura masculina em sua vida, não necessariamente dele. Quer um novo amor!

Jamile, agora concentra-se melhor em sua vida acadêmica, tem criado menos expectativas nas pessoas, e segue acreditando que tudo é possível, inclusive um novo amor, embora agora não procure um novo amante. Segue acreditando que as pessoas não são substituíveis.


Elas seguem suas vidas, cada uma ajeitando como pode. Analisando o que se pode aproveitar dos destroços e do que se livrar por completo.




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