sábado, 24 de novembro de 2012

Desquerer

Só quero não querer, e tem dias que isso já é querer muito.
Já não quero explicar
Já não sei entender
Mas aceito... Aceito porque aceitar independe do meu querer
E como nem isso sei,
Só quero não querer. E em dias como hoje querer isso talvez seja querer muito.
Já não sei querer...

sO La sI

Aceitar o “Se”
Que por fim não cabe em mim
Sigo So La Si

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Amantes e suas estranhezas...

Suas crises, contradições, loucuras, saudades, ansiedades, paciências, invasões, orgulhos (e orgulhos) ...

Enfim, suas estranhezas...

sábado, 17 de novembro de 2012

Vôo assumido


Quer fazer? Faça. Mas seja franco consigo mesmo, e assuma os reais motivos para isso. Não queira atribuir a alguém a única motivação para sua atitude quando há outros fatores envolvidos, não mesmo...

Quer voar? Abra as asas. Alce vôos ousados e sinta o vento te beijar alucinadamente e gritar em seu ouvido: "Você é livre!". Mas voe na certeza de que no ar também pode haver obstáculos. Vai na fé. Só não tenta atribuir aos semelhantes que ficam no ninho as razões do sua partida. Assuma que quer ir porque as manobras maravilhosas que anseia fazer, não casam com o que lhe é oferecido no ninho.

Estou a beirar o ninho. Antes, esperava que a árvore crescesse mais para que o vôo pudesse ser mais emocionante. Durante, fiz ninho num morro, um dos mais altos, como eu quis. Hoje anseio o morro maior, e quando me lançar que o vento aceite bailar comigo e me abrace entre um movimento e outro. (O abraço dele é sempre bom. Ele abraça, mas não te contém.) E não tenho me importado com a velocidade em que desço. Sim, o pouso é incerto. Tem pouso que é queda. E há queda que não é sentida, pois momentos antes de chegar ao chão são lembranças alucinadas dos "dançares" feitos. E se este for o caso, que eu seja uma nova espécie de Fênix, para poder contar o Depois, depois.


Para rimar

Laço
Braço
Abraço
Aço
Faço
Estardalhaço
Desfaço
Estrilhaço
Disfarço
Fracasso
Pedaço
Regaço
Traço
Espaço
Cabaço
Palhaço

Para rimar com meu cansaço


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sumiço

Agora percebo
No escuro do medo
O lance de tudo que aconteceu

O laço rompido
O motivo não dito
E o sacrifício desse doar seu

Hoje o peito chorou
Deplorou o lamento
Do disse-não-disse
Da coisa não dita

Porque percebeu
Que faz o que mais teme:
Causar dor em quem ama
E deixar que repita

E hoje percebo
O lamento que insta:
A mente doída
Por te abandonar

O canto sofrido
O silêncio que grita
Chorando amargo
A tua partida

E tem dor maior
Do que ter tão distante
Um amigo que sempre
Demonstrou amor?

Uma pessoa doce
Que foi tão presente
Que a leviana amiga
Hoje sacrificou

E eu que achara
Desatar o nó
Se assim com um "So"
Te perdesse de vista

Deixei ir para longe
Alguém que tão sempre
No palco do meu coração é artista

E hoje amigo
Te peço licença
Pra olhar nos teus olhos
Pedir te perdão

Por não ter te explicado
E sei mais ter sumido
Sem deixar no chão rastro
Ou pedaço de pão

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vi-bi-rar, Vibrar, Vi ar. Te vi em ar, Em movimento, te respirar...

Para hoje?
Bastaria a visão da Contorno, contigo; seus braços em torno e nada mais...
Dentro dum abraço, que em si  é laço, perder a hora, do relógio fazer descaso e esperar... Esperar pelo que ao certo não sei, mas contigo não teria pressa...
Esquecer que existe tempo, desdenhar dos contratempos, espirrar seu perfume num catavento, ou mais, na Rosa-dos-ventos e sentir a brisa cheirando a você...
Me parece bastante...
Visão do mar, habitar em seu abraço e te inspirar.



Nota alucinada



E se há alucinógeno mais natural e forte que a saudade é desconhecido...
Bagunça teorias, descabe em bulas e quando o sujeito não sacia pode ter danos irreversíveis...
Ah... sinto informá-los, mas prová-la não é opcional. 

Atenciosamente,
Viciada e Dependente...