sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Receitando a escrita...



Ingredientes:
Coesão;
Termos precisos;
Organização do pensamento;
Autenticidade;
Adequação e estilo;
Pesquisa;
Termos precisos;
Escrita simples;
Esclarecimento;
Revisão de texto.



Modo de preparo
Massa:

Num recipiente amplo, misture com as mãos, autenticidade, coesão e resultado de pesquisas triturados até obter uma massa homogênea. Talvez seja necessário esticar a massa com rolo de esclarecimento para encontrar bolinhas de dúvidas e termos imprecisos. Se encontra-los deve desfaze-los por aumentar a dose de pesquisa. Adicione uma quantidade razoável de organização de pensamento para que a massa fique lisa. O acréscimo de termos precisos com simplicidade é indispensável para que o texto fique solto e leve. Enquanto prepara o recheio, deixe a massa descansar envolta em disposição para refazer; isso faz com que o aprimoramento fermente a massa e renda mais porções.

Recheio:

Misture uma porção de resultado da pesquisa com organização de pensamento. A fim de obter um bom recheio, acrescente doses de coerência. Não esqueça que a qualidade do recheio engrandece todo o prato.

Para montar:

Numa forma de processo formal e sistemático coloque metade da massa. Em seguida, espalhe o recheio por toda a mistura e acrescente o restante da massa. Leve ao forno a forma a 360°AE (Adequação e estilo).
Enquanto assa, não utilize o palito de explicações excessivas para certificar-se da umidade, antes, utilize para tal procedimento o palito de informações objetivas.

Observações:. A massa corada é índice de que o texto já pode ser retirado do forno. Para o toque final, com o pincel esclarecimento nº 10, cubra com levemente com uma camada fina e delicada de revisão de texto.

 

Texto produzido a pedido da professora de Produção Textual. Confesso que prefiro as escritas espontâneas, mas curti fazer isso. 
Ao desenvolver a receita, passei pelo mundo das conclusões mas resolvi não permanecer. Bati na porta da dialética e resolvi sentar na poltrona da intertextualidade. O que me levou aos seguintes pensamentos...
Quando tem ao dispor a receita de um prato, seu sabor é previsível e o resultado da escrita não. Por mais que tenhamos uma receita, cada escrita ao sair do forno exala uma fragância ímpar e tem um sabor singular. Por outro lado quem oferece tanto a escrita quanto o prato que preparou se arrisca, se expõe; o texto sob outros olhares e o prato no paladar de que o aprecia deixam de ser de quem preparou para ser de quem os deliciam...
Assim, fica a receita para quem quiser desfrutá-la e o incentivo para que se expor, criar novas receitas e deliciar o que há de melhor...