terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Calor, calorar, calorir



Queria só um olhar, mas talvez seja preciso mesmo é de um abraço, sentir calor. Não calor que me faça suar, mas calor que vem de outro e faça arder por dentro, que faz querer, que queima aos poucos e derrete a dor, e deixa o orgulho molinho e faz assumir, faz amar, faz sentir, me faz chorar e sorrir...

Gostoso mesmo é ao dizer o que quer, conseguir o que precisa. Indescritível...

Para hoje, doses.



Hoje não queria som,
Não queria abraço,
Não queria flor.
Não senti falta de chamego,
Não curti apegos,
Nem lembrei da dor.

Hoje só quis uma dose,
Mas uma bem forte
Daquelas que te fazem relaxar e dizer leras sem pensar

Hoje estive intolerante, impaciente e com muita vontade de dançar.
E não me venha com conversas tolas querendo acalentar.
Não quero! Hoje não quero!

Me deixe sentir minhas estranhezas sem mutas definições. Afinal, nem do dicionário cheguei perto.

Hoje quero um texto tosco, fugindo das formas, com rimas desritmadas, como coração desesperado. Nem prosa nem poesia, nem calma, nem agonia, nem desmotivado, nem com anseios.

Hoje insisto nas doses. Uma de desapego, uma de desaforo, uma de caipirinha, uma de descaso, uma de wiski, uma de comédia, uma de ironia, e nenhuma de você para não causar náuseas...

Amanhã(ou mais tarde) não sei, e talvez nem me interesse. Mas hoje foi e está sendo assim!


Obs.: Sem revisar para não ver o que apagar, porque hoje nem a fim de desfazer/reparar estou.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Longos dias...


 Leva contigo meu sorriso
O prazer de tê-lo amigo
Nossas piadas sem graça
Grosserias fossem ou não disfarçadas
O  que deixa comigo?
Seu olhar tão preciso.
De seu filho, a empatia.
Ingenuidade? Não teria certeza
Ainda assim o que mais aprecio:
Sua sutileza.


Longos dias...

-Não me incomodo nem um pouco que minha inspiração seja você. O que me provoca é a forma como isso se dá. Geralmente, a extremista sou eu, e confesso que pelo menos por hora, não esperaria de você uma atitude como essa.
-Isso te toca? E como se sente?
-Mal.
-Mal?
-Isso mesmo. Já que sente a necessidade de afastar-se, bem não te faço, e me dói saber que faço mal a alguem que quero tanto tem.
-Mas precisei. Também não me sinto bem... Que mais queria?
-Ouvir sua voz, talvez. Mas se até falar comigo lhe faria mal, que tenha sido melhor assim. Longe da minha intenção estaria fazer vibrar suas cordas vocais em vão ou ver seu latim lançado ao vento...
-Mas eu...
-Fica bem. Adeus.
-Adeus.