domingo, 27 de maio de 2012

Acréscimos

Enquanto há vida, há possibilidades de virada no jogo, nem que seja nos acréscimos eu quero é gol, e uma partida "pode ser que dure mais do que esperamos".  
Tenho evitado o uso de termos como "pra sempre". Já que acreditei em seu emprego e sua finitude foi fortalecendo a tal carapaça; e nessa terra tudo que seja pincelado do tal, me causa receio. Prefiro aplicações de "no que depender de nós", "que o agora valha a pena", "pode ser que dure mais do que esperamos". E aviso aos navegantes: Não se trata de desacreditar, mas acreditar com cautela. No mais, "enquanto estou viva e cheia de graça talvez ainda faça um monte de gente feliz."
Que venham os acréscimos e o apito quebre-se!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Saudade assumida


Se a vida é uma equação, tenho sérios problemas! Me ensina a subtrair, por favor?
Certa vez, um oriental quase africano me disse:”Minha mãe me explicou que tudo que eu adquiri na vida deve ser somado. Acho que entendi errado: Ela falava de bens, e eu apliquei à pessoas.” Sinto que isso reforçou ainda mais o meu “problema”. Pensei: “Devaneio em comum”.
Hoje, me surpreendo quando as pessoas falam com tanta naturalidade e glória de laços desfeitos e me pergunto: “Isso acrescenta em quê?” Há quem ache um ganho deixar pessoas para trás como uma forma de esquecer experiências dolorosas. Será que “o problema” está realmente nos que fora deixados para trás, se quem os deixa volta e meia repete esse ciclo?
Certa vez, conversando sobre isso, alegaram: Amiga, às pessoas fazem isso porque lembrar de momentos bons também pode doer. Já pensou sobre isso? Talvez alguns dos que ficaram não caibam numa nova fase. Discretamente, ri. Ri porque sentir saudade um dia já me doeu, e eu não entendia tamanha dor. Hoje, a saudade que sinto não é aquela de querer ver a qualquer custo, dar um daqueles abraços “inteoráveis” e não largar mais; mas saudade daquela que te faz pensar nos momentos bons, sabe? Gargalhadas livres, discussões, compartilhamentos, sinceridade... (Ah, como essa fez falta! Tá extinta, coitada!) Enfim, momentos que foram bastantes para ser bastantes. Daí viajei ainda mais... “Esquecer para que, se foram tão bons?”
Lembrar com saudade não é necessariamente querer reviver, mas reconhecer o valor de algo que se foi, na construção do que você é.

sábado, 19 de maio de 2012

Nem comento

Tô namorando um carinha que tem me poupado de muito estresse desnecessário, me parece sensato, e ultimamente não sai da minha boca. O nome dele:  “Nem comento”. Talvez seja uma fase, mas confesso que estar com “Nem comento” é uma fase que tem me feito muito bem, pelo menos melhor que o tempo que eu estava namorando o “Quer saber?”.  Às vezes, em relances, o “Quer saber?” Ainda se faz presente e em meus devaneios e permito que ele se manifeste de alguma forma em minha vida, não tem jeito, ele fez parte de mim por muito tempo e confesso que me ajudou muito. Mas, para me poupar, aparece me mostrando o lado yang das coisas o atual, ocupa minha boca e no mais vocês já sabem, né? Nem comento.