sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pois é!


Nem é indiferença, às vezes é só uma forma tranquila de lidar com certas situações.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Medos e receios


Medo? Mais um pra minha coleção, rs. Perdi muitos nesse caminhar, mas ainda tenho muitos receios.
Tenho receio do que o futuro possa nos reservar. Ainda assim, acredito na força disso que acontece, e que gradativamente me faz crer em seu potencial.
Tenho receio de que meu olhar surpreso ou argucioso lhe passem insegurança, e abale essa sua forma de acreditar num amor incondicional, no desenrolar dessa história.
Tenho receio de... sei lá, não ser tudo que espera, e frustá-lo.


Mas não tenho medo, nem receio de tentar. Teria se não acreditasse em você, se não tivesse a mínima noção do que tem a oferecer, se sentisse não te fazer bem. Mas como não é o caso, teimo em acreditar, em banir tais medos, em tentar. Porque me parece o bastante para ser bastante.

Ás vezes, tudo que menininha precisa para sair do portão é um convite cativante, e uma mão para apoiá-la caso tenha que pulá-lo. O portão do medo pode até ser alto, mas a ânsia de brincar sentindo o vento bater no rosto e a companhia do amiguinho lá fora a excita. Quanto aos arranhões, paciência! Brincando de roda, que criança pensa nele?

Salvador, 19 de junho de 2012 (rs...)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Penas e virtudes


Tem coisas que acontecem e pensamos em registar imediatamente para não alterar o fato ou não esquecer, e quando não o fazemos esquecemos por completo. Até aí tudo bem. O hilário mesmo é lembrar depois como se tivesse ocorrido ontem...
Há aproximadamente três meses atrás escrevi sobre um tal conhecido (no texto "O conhecido") e umas facetas que ele contou muito parecidas com uns episódios recentes ocorridos em "my life". Tinha esquecido uma parábola que narrou, mas agora que lembro como se fosse ontem, vou relatar.
"O conhecido", em meio à conversa, tocou no meu ombro e pôs-se a narrar:

Um pássaro muito bonito, exibia suas lindas penas. Muitos o admiravam e queriam ser como ele. Certa vez um andarilho lhe pediu uma de suas penas, e ofereceu em troca um valos considerável. O pássaro nem pensou na oferta, e respondeu: "Não vendo. Minhas penas me tornam atraentes, e a atenção que recebo dos que me apreciam não tem preço." O andarilho não insistiu, mas conversou com o pássaro, e gostou do que ouviu. Uns dias passaram, e o andarilho retornou com uma oferta ainda mais alta. Mais uma vez, o andarilho tam,bém não instou. Seguiu. Nessas idas e vindas, o pássaro acabou por afeiçoar-se ao andarilho. Quando o viu na próxima passagem, aceitou a oferta. Vendeu a primeira pena e ambos saíram satisfeitos com o negócio. O andarilho, feliz porque seu método funcionou. Agora que o pássaro estava afeiçoado já ficava na expectativa da vinda do andarilho, e o oferecia a pena, sem cobrar nada por isso, já que sua satisfação em agradar o andarilho era mais importante que o valor material . Passado um tempo, o pássaro observou que o andarilho não passava amais por aquele caminho, e não entendia por que seu "amigo" não retornava. Quando, num relance, avistou passando ao lado oposto o tão sumido, e o chamou. Por um gesto de educação, o andarilho atravessou para saber do que se tratava. E o pássaro perguntou: "Meu amigo andarilho, por que não retornou mais?" "Por que o que eu queria de você já levei, passarinho. Você não tem mais penas." E o passarinho permaneceu ali, sozinho, sem alegria, sem prenas, sem "seu amigo".

E concluiu: As penas são suas virtudes, filha. Elas não tem preço. Porém, alguns talvez a convença de abrir mão delas. (Num tom de pesar e cautela): Cuidado! Muitos homens aparecerão como andarilho. Se apreciarem suas virtudes, farão o que puder para mantê-las. Mas saiba diferenciar estes dos que querem apenas explorá-las porque após conseguirem o desejado, não voltam por você já não ter o que ele queria.

terça-feira, 19 de junho de 2012