Você conhece, se identifica, se interessa, gosta, passa a amar...
Um dia, você percebe qua as coisas não são como eram antes.
Muda. Mas você permanece muda. E não tira aquela muda de erva daninha.
Outro dia, um deslize.
Você tem consciencia de que vacilou.
Crucificada por isso? Não. Quem pode fazê-lo?
Algumas coisas, porém, me dão "jinge" como diria o bom nordestino. Seu excesso de bajulação, seus verbos glicosados por demais, seu sumiço explica muita coisa. E sua verdade? Ahhh... Que verdade mais descarada! "Você diz a verdade, e a verdade é seu dom de iludir"... risos.
Você tem o direito se apaixonar mais uma vez? Claro. Tem livre arbítrio para tentar com outra pessoa. As cartas estão na sua mão e você as joga quando bem entender, com as estratégias que quiser. Mas, quando se joga em dupla, o mínimo que se espera é decência. E eu, sinceramente, não sei se posso contar com você para completar minha canastra, sequer imagino que cartas devo guardar para encaixar no seu jogo. Até porque seus "olhos de Capitú" confundem o adversário e o pseudoparceiro, nesta rodada, eu.
Meu doce, mudar o parceiro do jogo também é jogo. Mas não avisá-lo é no mínimo indecente. Relacionamentos terminam por aí: em hoteis, no corredor da Universidade, no Bar de Bira, na Gamboa, debaixo da ponte, em mesas de jogo. Soldado morto? Farda em outro. Mas por favor, me poupe deste antimodelo leviano e egoísta de enganar, de querer fazer e acontecer privando "os seus", de jogar em duas mesas e achar que o outro deve ficar a espera do seu retorno para o jogo continuar...
Ahhh... por favor! Esperei no mínimo, um "não quero mais".
Para deixar claro:
Não te condeno por gostar de outro, só te repugno pela sua indecência de tentar enganar quem tanto lhe valorizou.
Abro mão do jogo. Não quero terminar a rodada. Pago a mão.
(Tem mudas que crescem...)
"Não há no mundo lei que possa condenar alguém que um outro alguém deixou de amar..."
Ah sim! Deixei o recado aqui no Bar de Bira.
Não me procure.
Já apaguei seus contatos.
Enojadamente,
Marcelo.