domingo, 26 de outubro de 2014

Me, ao mar


Amanha vou lançar
Lançar me ao mar
Sem papel, pompa ou hora marcada

Sem aval, sim ou nao
Sem biquini, inclusive

Vestida de vontade, acho que basta.
Nem companhia se faz precisa.

Que o mar me baste

Amanhã será assim,
Sem selfie,
Sem marquinhas,
Sem clichês
Sem porquês.

Amanhã vou lançar!

Me, ao mar...

sábado, 18 de outubro de 2014

Conceitos...

Engraçado(se não trágico) como as formalidades vão gotejando em concepções que temos e, ao percebermos (se é que percebemos) já somos água alterada. Às vezes, somos o meio alterado quando deveríamos ser a base que neutraliza. Tá, a linha é tênue... (bem clichê isso). E loucura mesmo (tipo alotropia), é quando você esbarra com certos conceitos e assimila com o que você viveu, se dispondo a classificar  as situações até então vividas.
Depois que associei os conceitos de hino, sofrimento, bullying, eleição, opressão, condicionamento e tempo, por exemplo, diagnostiquei que em meu período de infância me fosse perguntado o que significavam seria supimpa. Sem "dois alto", no duro e sem confete seria:

Bullying: Ficar de castigo final de semana e ouvir o grito de todo mundo pondo a rua abaixo de tanta algazarra, inclusive a irmã mais nova (naturalmente pirracenta) que detalharia os lances depois.

Eleição: Escolher quem seria a líder da turma da sua rua.

Impeachment: Dizer a amiga tirada a chefa que ninguém tava curtindo as mandonices e avisar que ela não tinha mais amiga lá na rua, porque após uma resolução "ficamos de mal". Sim, todas. (Isso não passava de dois dias)

Otimizar o tempo: Conseguir pular elástico (Onoum) o máximo de tempo no intervalo da escola, e dar conta das atividades no quarto e quinto horários. 

Honra: Ser a primeira escolhida no time do baleado. (Para quem nunca foi, é mais ou menos a sensação de passar no vestibular duma universidade pública). Os campeonatos eram muito massa!

Opressão: 
-Mainha já vou, viu?
-Ia pra onde, minha filha? Lembra daquele dia que eu te disse que por causa daquela resposta você não ia? Pode se desarrumar.
(Dá uma angústia só de lembrar)

Condicionamento: Só vai se sua irmã for!

Hino: Mandei meu cavaco chorar.

Esses são alguns que eu tenho certeza... No mais, ainda estou percebendo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Direitos e indecências


Você conhece, se identifica, se interessa, gosta, passa a amar...
Um dia, você percebe qua as coisas não são como eram antes.
Muda. Mas você permanece muda. E não tira aquela muda de erva daninha.
Outro dia, um deslize. 
Você tem consciencia de que vacilou.
Crucificada por isso? Não. Quem pode fazê-lo? 

Algumas coisas, porém, me dão "jinge" como diria o bom nordestino. Seu excesso de bajulação, seus verbos glicosados por demais, seu sumiço explica muita coisa. E sua verdade? Ahhh... Que verdade mais descarada! "Você diz a verdade, e a verdade é seu dom de iludir"... risos. 

Você tem o direito se apaixonar mais uma vez? Claro. Tem livre arbítrio para tentar com outra pessoa. As cartas estão na sua mão e você as joga quando bem entender, com as estratégias que quiser. Mas, quando se joga em dupla, o mínimo que se espera é decência. E eu, sinceramente, não sei se posso contar com você para completar minha canastra, sequer imagino que cartas devo guardar para encaixar no seu jogo. Até porque seus "olhos de Capitú" confundem o adversário e o pseudoparceiro, nesta rodada, eu. 

Meu doce, mudar o parceiro do jogo também é jogo. Mas não avisá-lo é no mínimo indecente. Relacionamentos terminam por aí: em hoteis, no corredor da Universidade, no Bar de Bira, na Gamboa, debaixo da ponte, em mesas de jogo. Soldado morto? Farda em outro. Mas por favor, me poupe  deste antimodelo leviano e egoísta de enganar, de querer fazer e acontecer privando "os seus", de jogar em duas mesas e achar que o outro deve ficar a espera do seu retorno para o jogo continuar...
Ahhh... por favor! Esperei no mínimo, um "não quero mais".

Para deixar claro:
Não te condeno por gostar de outro, só te repugno pela sua indecência de tentar enganar quem tanto lhe valorizou.
Abro mão do jogo. Não quero terminar a rodada. Pago a mão.
(Tem mudas que crescem...)



"Não há no mundo lei que possa condenar alguém que um outro alguém deixou de amar..."

Ah sim! Deixei o recado aqui no Bar de Bira.
Não me procure.
Já apaguei seus contatos.

Enojadamente,
Marcelo.