sábado, 17 de novembro de 2012

Vôo assumido


Quer fazer? Faça. Mas seja franco consigo mesmo, e assuma os reais motivos para isso. Não queira atribuir a alguém a única motivação para sua atitude quando há outros fatores envolvidos, não mesmo...

Quer voar? Abra as asas. Alce vôos ousados e sinta o vento te beijar alucinadamente e gritar em seu ouvido: "Você é livre!". Mas voe na certeza de que no ar também pode haver obstáculos. Vai na fé. Só não tenta atribuir aos semelhantes que ficam no ninho as razões do sua partida. Assuma que quer ir porque as manobras maravilhosas que anseia fazer, não casam com o que lhe é oferecido no ninho.

Estou a beirar o ninho. Antes, esperava que a árvore crescesse mais para que o vôo pudesse ser mais emocionante. Durante, fiz ninho num morro, um dos mais altos, como eu quis. Hoje anseio o morro maior, e quando me lançar que o vento aceite bailar comigo e me abrace entre um movimento e outro. (O abraço dele é sempre bom. Ele abraça, mas não te contém.) E não tenho me importado com a velocidade em que desço. Sim, o pouso é incerto. Tem pouso que é queda. E há queda que não é sentida, pois momentos antes de chegar ao chão são lembranças alucinadas dos "dançares" feitos. E se este for o caso, que eu seja uma nova espécie de Fênix, para poder contar o Depois, depois.


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