terça-feira, 10 de julho de 2012

Os tais sintomas

Ela poderia dormir, mas não conseguia.
Quis chorar, pensou em respeitar suas lágrimas, e percebeu que a forma mais nobre de respeitá-la era por deixá-las livres. Deixá-las correr, e reconheceu que de lágrimas pouco entendia.
Ela queria uma forma de se distanciar de tudo aquilo, mas uma força ainda maior a atraía às musicas, frases, gestos, cheiros, conversas com amigos... que remetiam àqueles momentos sublimes, nesse momento, convertidos em dor. 
Releu todos os e-mails que transpareciam toda a amizade, crise, canções dedicadas, piadas, vontades compartilhadas ao longo desses meses. Riu com uns, chorou com outros. Escreveu, re-escreveu, Compôs um poema mais prescritivo do que nunca(e não postou), desses que só se fazem quando se está ridicularmente apaixonado. Por fim, adormeceu. E surpreendentemente, essa noite ela adormeceu. Já às 04:30 mas adormeceu. Para despertar no dia seguinte às 08h, mas adormeceu... Pedindo a Deus que cuidasse do seu amado onde quer que estivesse, e que realizasse seu sonho de ser sábio.. E adormeceu... 

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