terça-feira, 16 de outubro de 2012

Fuga de Primavera

Desta primavera que chegou de mansinho, em noite tão serena, trazendo consigo lembranças das demais estações, não aceito ver tão pouco, e tentar ignorar as flores que ainda estariam por vir. Nem um mês tem de chegada, e se faz de contentada quando ainda lhe faltara receber a visita de tantos beija-flores e colibris. Mas não mando em ti, Primavera. Nem meus anseios tenho controlado, quem dirás... Assim, te vejo, te aprecio, te critico fortemente (mesmo sem ver tamanha beleza nisto). Enquanto isso, fico aqui entre o Terno Cinza de Vander Lee e a Primavera de Vinícius, procurando no Google Maps um lugar do mundo em que não haja você. E se não encontrar serei andarilha, fugindo de ti: Instalando-me onde houver verão, e iniciar novas trilhas em fim de inverno. Se deixar de existir você não irá, meu jeito é tirá-la no centro das atenções. Tenho medo de flores de plástico...
Nojo de você? Não... Mas és tão maravilhosa que não sei lidar com isso... Perdoe-me a estupidez...

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